A Estação, de Cristina Maure – Coprodução Brasil e Uruguai

Trailer: https://vimeo.com/820718739

Brasil | Uruguai – Ficção – 103min – 2023 – 14 anos | Direção: Cristina Maure | Elenco: Jimena Castiglioni, Rodolfo Vaz, Eid Ribeiro, Bruna Chiaradia, Docy Moreira, Eliseu Custódio, Rafael Martini, Pedro Lanna, Katu Sanglard, Magdale Alves | Trilha sonora: composta por  Rafael Martini em parceria o uruguaio Hugo Fattoruso,

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Quando Sofia, uma mulher misteriosa, chega caminhando à estação “Vila Clemência” na esperança de pegar um trem, não imaginava o curso que sua vida tomaria.

 Assim começa A Estação, primeira ficção da diretora mineira Cristina Maure, rodado durante a pandemia, e que chega aos cinemas brasileiros em 13 de junho. O circuito confirmado até o momento inclui as cidades de São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Palmas, Brasília Salvador, Porto Alegre e Maceió. 

Cris Maure explica a saga de Sofia, com uma analogia à vida: “o filme fala do acaso, do pouco controle que temos sobre o nosso próprio percurso, dos confinamentos humanos. De como mesmo planejando cada passo, podemos acabar trilhando caminhos nunca antes imaginados.” 

O elenco é destaque em A Estação, que tem nomes provenientes do teatro mineiro como Rodolfo Vaz, Eid Ribeiro, Magdale Alves, Docy Moreira, Bruna Chiaradia, Pedro Lanna e Eliseu Custodio e Jimena Castiglioni, há 20 anos no Brasil. No elenco tem também o ator mirim Katu Sanglard e o Rafael Martini, compositor mineiro, que assina a trilha musical também junto ao músico uruguaio Hugo Fattorusso. Rodado em plena pandemia, toda a equipe e elenco viveram durante a filmagem o processo de confinamento real, assim como os personagens dessa ficção.

A Estação é uma coprodução entre Brasil e Uruguai e, para Jimena Castiglioni, protagonista e produtora do filme, conseguir concretizar a parceria é um sonho antigo, já que ela é uruguaia e mora no Brasil há 21 anos. Ela acredita que os dois países têm muito para trocar esteticamente, mas esse fluxo ainda não acontece muito. 

Sofia vai atrás de um amor e precisa pegar um trem, numa estação ferroviária que fica no meio do nada, sem saber quando o trem passará. Uma jornada de espera inconformada por ela. O dirigente do local e as pessoas ao redor aceitam, com certa passividade, a condição de almas penadas.

A imagem em preto e branco do filme A Estação transporta o espectador a um clima de mistério. É inquietante pensar que estão todos mortos e que o local é uma parada necessária para o acerto de contas de suas angustias e, consequentemente, a conquista da libertação. Sensação reproduzida principalmente nas cenas dos trilhos infinitos e na luz no fim do túnel.

Destaque para a trilha sonora que acompanha a trama com a suavidade do acordeão de Rafael Martini.

Cleo Brito

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